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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

celebração

celebro o limite,

a idêntica dimensão
ego x mediocridade.

celebro o aparo,
o reparo, o disparo
o veneno.

celebro a morte
feita palavra,
fastio silábico,
o recorte.

celebro a duplicidade,
o olhar ambíguo,
dúbio, cínico

o pilatos
o judas
a queda de pedro

celebro a culpa
a tristeza bordô
rubroestampada
na face da salvação.

Um comentário:

  1. a celebração no auge, do alto da torre que protege e encarcera...
    celebrar no que tange e encerra
    de dia a luz; na noite esculpida em granito por doces bárbaros, por gritos, por entalhes e atalhos nos talhos da alma lúgubre...
    que insiste e assiste e ampara e nega, depois uma outra vez... e noutra implora e pede e roga por salvação.

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