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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

finandos

extrair da relação o relativo
afogar angústia sob focos
de luz

revelar a mesquinhez
das meias entregas, dos meios
resquícios

oferecer espelhos aos espectros
destalhar rudezas nas sensações
esqueléticas

destilar a debilidade das auto:
complacências, incompetências
compreensões

acolher as covardias, as alardias
os palavrões, as excessões
os co-excessos

cumpliciar-se e fazer de conta
que o que conta será contado
ao momento exato e necessário

esquecer.
mentir-se pra acalmar e fingir
que doer junto é doer justo.

4 comentários:

  1. ...fingir
    que doer junto é doer justo.

    muito bom esse teu poema, Alê!
    que lindo que ficou.
    e dá-lhe relativização nas relações, hein!!!
    revelando incompetências e covardias - ou quem sabe "desvelando-as" - a gente vai conhecendo quem é o defunto que assassina.

    eloquente e preciso. adorei.
    parabéns!!!

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  2. esquecer.
    mentir-se pra acalmar e fingir
    que doer junto é doer justo.

    meo, tem noção da beleza disso?
    que incrível esse poema, Ale.
    aiii vou virar sua fão igual vc sabe de quem. rssss

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  3. muuuuuuuuuito bom, o melhor que você já escreveu.
    não canso de reler

    =)

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  4. hehe! Valew anilds! a tua opinião é very importante pra eu... rsrs

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