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terça-feira, 2 de outubro de 2012

útil para o desuso
eu

ñ conservo o pote vazio
bonito
do iogurte recém consumido

eu me recuso a reutilizar

ñ reciclo o lixo
eu me reduzo 
a cultivar sicômoros

eu ñ aguardo
eu me recluso
em meio a versos livres

sem socialidades
dialogo com o escuro sujo
do mundo
perecível sem conservantes

inaproveitável para a próxima 
e mais perene
geração futura
com a qual ñ contribuo

pq me salvo
como rascunho

2 comentários:

  1. (des)rascunha-te!,
    (des)oculta-te!,
    (des)silencia-te!...
    O caminho, como reticências intermináveis, também segue fluxo inexorável. No escuro das insociabilidades há poesia profunda; todavia, encontra-te com teu destino líquido e junta-te ao oceano dos grandes navegadores.

    Alê, esee teu poema é sublime! Esse deve entrar no próximo livro com pompas. Amei!

    Bj grande não no pote vazio, mas na alma repleta de emoções que deságua por aqui como um rio caudaloso de sensações poéticas.
    Daniel.

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  2. ele se expremeu e conseguiu entrar, hehe
    recusa, rsrs

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